Capítulo 79
Ele disse a palavra quase sem hesitar, mas foi o suficiente para Letícia Silveira sentir que tudo valia a pena.
Quando Marcos saiu, a cama estava coberta de pequenos lanches: biscoitos de milho, chips de batata–doce, e mesmo que eles caíssem na cama, Marcos não teria se importado.
“Letícia.” – Quando cuviu a voz, Letícia se virou para a porta e viu Márcia entrando. Com os cabelos soltos e usando um vestido longo, ela parecia comum, mas agradável: “Márcia? O que você está fazendo na casa do Marcos Rodrigues?”
Márcia sorriu e sentou–se ao lado dela: “Recentemente, minha casa foi reformada, então nos mudamos. E, por coincidência, acabamos nos mudando para o lado da casa dos Rodrigues.”
*Já faz algum tempo, vim aqui para fazer uma refeição. E quanto a você? Aconteceu alguma coisa em casa?”
Ao lembrar que, em sua vida passada, Márcia era a esposa legítima de Marcos Rodrigues, Letícia não ficou de bom humor ao vê–la, sentindo–se até um pouco culpada. Ela evitava olhar para Márcia e também não queria falar sobre seus próprios problemas. Sem saber como desviar o assunto, Leticia simplesmente ficou em silêncio.
Márcia: “Se você não quer conversar, tudo bem. Desça para comer, o almoço está pronto. Se você continuar comendo esses salgadinhos, não vai ter espaço para a refeição. Você ainda quer? Se não, vou guardá–lo. Se não estiver bem fechado, pode estragar por causa da umidade.”
Letícia Silveira: “Pode guardar.”
“Está bem.” – Márcia prontamente amarrou os sacos de comida e os colocou em uma caixa de madeira. Ela parecia muito familiarizada com o quarto do Marcos, como se conhecesse aquela casa tão bem quanto a sua própria, e soubesse exatamente onde estava tudo: “É sua primeira vez aqui?”
Letícia Silveira permaneceu em silêncio…
Com um ar de anfitriã, Márcia pegou um copo descartável e encheu–o com água quente da garrafa vermelha para Letícia: “Somos colegas de classe, você não precisa ser tímida. Sinta–se em casa.”
“Fique no quarto um pouco mais, vou ajudar Marco a ver se ele já terminou, e depois podemos jantar juntos.”
Depois que ela saiu, Letícia ficou sozinha no quarto. Ela não se importava com o que Márcia havia insinuado ou dito explicitamente; o que realmente importava para Letícia era o relacionamento passado entre Márcia e Marcos Rodrigues.
Sentada na cama, Letícia bebeu a água que Márcia havia lhe servido e notou um livro ao lado da cama. Era o mesmo livro
havia comprado para ele, e ele estava realmente lendo.
“Aquele idiota.” – Ela riu e xingou carinhosamente.
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que Letícia
Ela abriu o livro na página marcada, onde Marcos havia usado uma folha de bordo como marcador. Letícia achou sem graça ficar sentada ali, então calçou os sapatos, levantou–se da cama e, depois de comer um pouco, a dor de estômago diminuiu. Na última vez que veio, ela não tinha tido a chance de explorar bem a casa grande.
Na cozinha, Marcos e Márcia estavam ocupados. A verdade é que, apesar de Letícia ter tido uma infância difícil e até ter cozinhado para Sérgio Pereira, suas habilidades culinárias eram, no mínimo, questionáveis. Na maioria das vezes, Sérgio lhe trazia comida de fora.
Ela parece ter nascido sem nenhuma habilidade na cozinha, disse Sérgio Pereira, a culinária da mãe dela também não é das melhores, é o pai que cozinha em casa.
Mas é uma pena, pois desde que nasceu ela nunca provou a comida feita pelo pai…
Quando chegou a hora do jantar, a mesa estava cheia de pratos novos…
Todos preparados por Marcos Rodrigues para o aniversário de Letícia Silveira da última vez.
Marcos Rodrigues pegou uma tigela, despejando a sopa: “Beba um pouco primeiro e, depois que você comer, vou preparar algumas ervas naturais para você levar. Você sabe como prepará–las?”
Letícia Silveira respondeu sinceramente: “Nunca fiz antes, mas não deve ser difícil.”