Capítulo 57
Ela falou com sinceridade, sem entender por que Sérgio Pereira estava tão irritado,
Leticia Silveira colocou a jola cara em sua mochila, decidindo esperar até que o humor dele melhorasse para devolvê–la…
De qualquer forma, ela não poderia ficar com ela.
O gerente do quarto trouxe roupas novas e, depois de se trocar, Leticia desceu para jantar. Sérgio estava de pé junto à janela panorámica, atendendo a uma ligação telefónica. Seu olhar passou brevemente para Leticia, que estava sendo conduzida pelo garçom até seu assento. Ela usava um vestido branco de colegial com detalhes esportivos: um top sem mangas com ziper na frente e letras estampadas no peito, acompanhado de uma sala preta plissada. Era uma edição limitada da semana passada, com apenas dezesseis peças disponiveis e três delas, em tamanho único, estavam reservadas para VIPS.
O parque de diversões era um projeto de investimento de Sérgio Pereira, que também era o principal acionista. Por isso, a acompanhante que estava ao seu lado teve o privilégio de desfrutar desse tratamento.
As pernas longas e finas da jovem eram realçadas pelo vestido, que talvez fosse um pouco revelador para ela. Seus cabelos escuros, levemente ondulados, estavam presos em um rabo de cavalo e seu rosto pálido e afilado brilhava com vivacidade.
Sérgio não conseguia desviar o olhar dela. Quando foi que a menina cresceu tanto?
Sentada à janela, a luz do sol beijava seu rosto delicado como se ela irradiasse uma calma atemporal.
…Sim, estou ciente.”
“A reunião foi adiada.”
Após dar suas instruções, ele desligou o telefone e caminhou até a mesa.
O garçom trouxe o leite quente.
Vendo Leticia apoiando o rosto com as mãos, desanimada, Sérgio tomou um gole de seu café. Cada gesto dele exalava uma elegância distinta: “Teve pesadelos esta noite?”
Ao mencionar o pesadelo, Leticia abaixou as mãos desconfortavelmente: “Não é nada, acho que é só o estresse de estudar recentemente“.
Sérgio colocou sua xicara de volta na mesa: “Recebi seu boletim escolar. Você está em décimo quinto lugar no geral e entre os três primeiros de sua classe. Na verdade, você melhorou muito em relação ao passado.”
Os olhos de Leticia se iluminaram: “É mesmo? Isso é ótimo!”
“Isso se deve em grande parte à Mar…”
Ela se interrompeu antes de terminar o nome de Marcos. Sérgio pousou a xícara e seu olhar ficou frio: “Parece que vocês dois têm se dado bem ultimamente.
Leticia segurou a xícara de leite, sentindo o calor em suas mãos enquanto controlava suas emoções: “Marcos e eu somos apenas amigos.”
“Você não precisa desse tipo de amigo” – disse ele com autoridade.
Isso irritou Leticia: “Irmão, ele é meu único amigo na escola. Como sou órfã, ninguém mais quer brincar comigo. Eu não entendo… por que você odeia tanto o Marcos Rodrigues?”
O olhar de Sérgio endureceu: “Você acha que eu não sei o que acontece na escola? Eu posso ignorar as intenções dele, mas você… precisa controlar seus próprios sentimentos. Eu já compensei a ajuda que ele lhe deu. Se eu a vir com ele novamente, esteja pronta para mudar de escola.”
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Capitulo 57
“Se o Marcos pode ajudá–la com seus estudos, eu posso encontrar o melhor professor particular do Distrito Federal. Leticia… mesmo sem nenhum esforço, posso fazer com que você tenha uma boa vida,”
Sim, o dinheiro que Sérgio Pereira vinha depositando em sua conta, desde que Leticia não o gastasse em jogos de azar, seria suficiente para comprar uma casa, um carro, casar e ter filhos, e ainda sobrarla para o resto de sua vida.
Sérgio Pereira sempre a criou com abundância e nunca mencionou a ela sobre a necessidade de economizar.