Capítulo 62
Ela ainda ignorava o quê?
Quando voltaram do parque de diversões, Letícia Silveira já havia notado a frieza de Sérgio Pereira em relação a Helena Rocha. O relacionamento deles não parecia ser tão próximo quanto ela imaginava.
Eles já haviam confirmado o noivado!
“Tudo como você deseja” – disse Sérgio Pereira, soltando a mão dela e pegando as chaves: “Já lhe disse que vou me responsabilizar
por você.”
“E c chaveiro que eu lhe dei?”
Letícia Silveira abriu rapidamente sua bolsa e tirou um luxuoso chaveiro incrustado de diamantes. Sérgio Pereira prendeu a chave da mansão no chaveiro e disse: “O compromisso com a família Rocha é algo que foi acordado há muito tempo e, mesmo sem ele, teria sido inevitável. Desde que você tinha cinco anos de idade, eu cuidei de você, meus sentimentos por você são naturalmente diferentes.”
*Comigo, você sempre terá privilégios especiais.”
O coração de Letícia Silveira acelerou e ela sentiu uma emoção intensa. Que mulher não se comoveria com tais palavras?
Na vida passada, foi justamente por essas palavras que seus sentimentos por ele evoluíram de fraternais para algo especial entre um homem e uma mulher.
Sérgio Pereira nunca havia cedido, mas ela sempre testava os limites de sua moralidade…
Em sua vida passada… Sérgio Pereira havia lhe dado tudo, exceto um título formal.
Tudo o que um homem e uma mulher deveriam fazer, eles faziam.
Letícia Silveira o seduziu passo a passo até que Sérgio Pereira não conseguiu resistir ao desejo pelo corpo dela, saboreando o fruto proibido.
Apenas por causa da diferença de status entre eles, por mais que Letícia Silveira insistisse, o final sempre seria trágico.
Sérgio Pereira não a forçou a ficar ali, mas disse que, se um dia ela quisesse, poderia vir para a mansão a qualquer momento.
Quando Letícia Silveira e Sérgio Pereira desceram as escadas, Helena Rocha estava sentada no sofá, falando ao telefone com uma postura elegante. Assim que desligou, ela se levantou e se aproximou de Sérgio Pereira com um sorriso, dizendo: “Você já terminou de falar? Acabei de falar com a Maria, ela está indo para lá. Não liguei para muitas pessoas, espero que não seja um incômodo“.
Sérgio Pereira não gostava de pessoas indesejadas em sua casa. Além de clientes e parceiros de negócios, ele quase não tinha amigos.
E já fazia anos que alguém vinha à Mansão DurMinante como visitante.
Sérgio Pereira olhou o relógio e disse: “Não precisa vir.”
Helena Rocha ficou surpresa e olhou para Letícia Silveira com uma expressão significativa: “Mas eu já falei com ela. Além disso… ela disse que traria alguns amigos, então seria mais animado.”
“Esta casa já está sem vida há algum tempo.”
Sérgio Pereira disse secamente: “Está muito barulhenta!”
Dessa vez, antes que Letícia Silveira pudesse falar, Helena Rocha já estava se justificando: “É verdade, esqueci que você não gosta de barulho. Então eu vou falar com a Maria de novo“.
“Mas se ela souber que você não quer que ela venha, provavelmente vai ficar triste“.
“Ela sempre admirou muito você.”
No entanto, Sérgio Pereira se virou para Letícia Silveira ao seu lado e disse: “Vou a uma reunião e voltarei o mais rápido possível à noite. Se precisar de algo, fale com Helena
Letícia Silveira assentiu obedientemente: “Está bem, irmão!”
Sérgio Pereira saiu e pegou o carro, deixando a mansão.
Helena Rocha levou Letícia Silveira até o sofá, onde se sentaram confortavelmente, e ligou a televisão: “O jantar já está sendo preparado pelos empregados. Seu irmão sempre falava de você, já pedi todos os pratos que você gosta.”
Letícia Silveira respondeu: “Cunhada, não precisa se incomodar, eu não sou exigente com comida“.
Helena Rocha ofereceu: “Deixa eu descascar uma laranja para você“.
Letícia Silveira recusou gentilmente: “Não precisa se incomodar, cunhada.”
Com um leve sorriso, Helena Rocha perguntou: “O que Sérgio te contou no escritório?”
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