Capitulo 36
“Eu realmente não sei o que se passa na sua cabeça todos os dias!”
Leticia Silveira sentiu o corte fino de uma folha de papel em seu pescoço e gaguejou sem conseguir se expressar Professora, as coisas não são como a senhora imagina. Eu não sei quem te disse o que, nem quem
sta inventando histórias, o Marcos Rodrigues só estava me ajudando com as aulas de reforço.”
A diretora da salariu irónica com a resposta dela “Não pense que eu não sei, hoje de manhã, no ônibus, na frente de tantos outros alunos da nossa escola, você gritando o nome do Marcos Rodrigues, o que você estava pensando, hein?”
“Achando que é a mocinha de um romance, que foto!”
“Eu te digo, se não melhorar essas notas, vai acabar lavando pratos e estregando o chão!“
Esta fadada a não ter sucesso na vida.
Leticia Silveira apertou os punhos ao seu lado, nunca havia sido tão severamente repreendida, nem mesmo Sergio Pereira havia sido tão duro com ela
A chama que de repente se acendeu em seu coração era alimentada pela sensação de ser mal compreendida,
“Professora, a senhora esta certa, mas repito, Marcos Rodrigues apenas estava me dando aulas de reforço. Se a senhora não acredita, pode chamá–lo para confrontar comigo.”
“Se realmente não confia em mim, ainda há tempo de me transferir para outra turma. Sim… sou órfã, mas tenho um irmão, ele apenas está ocupado e não tem tempo para cuidar de mim, não é que ele não me queira mais!”
“Pode ter certeza de que vou me empenhar.”
Após dizer isso, Leticia Silveira virou–se e saiu da sala. Ela queria estudar de verdade, não era brincadeira, e na entrada da escola, aquelas palavras que disse para Marcos Rodrigues foram apenas para impressioná–lo.
Marcos Rodrigues não ina de repente ignorá–la, a menos que algo tivesse acontecido.
Nas aulas da manha, Leticia Silveira não deixou o incidente afetar seu desempenho.
No almoço, ela foi direto para a biblioteca, sem evitar ninguém, e sentou–se na ultima mesa proxima a janela, onde Marcos Rodrigues já a esperava.
Ao lado dele, havia um bolo e doces.
Leticia Silveira aproximou–se e sentou–se ao lado dele: “Vamos começar.”
Ela observou que Marcos Rodrigues estava lendo um livro sobre programação de computadores, algo que ela não compreendia.
Sem olhar para cima, Marcos Rodrigues empurrou o bolo em sua direção: “Sem pressa, você come isso
primeiro, eu já termino.”
Eles tinham uma hora e meia de intervalo para o almoço.
Leticia Silveira esperou pacientemente que Marcos Rodrigues terminasse o que estava fazendo, tirou seu estojo de canetas e, ao tentar pegar uma caneta que caira no chão, viu um chaveiro rosa de morango no bolso de Marcos Rodrigues e parou. surpresa.
Marcos Rodrigues perguntou: “Algum problema?”
Leticia Silveira fingiu que nada acontecera e se sentou novamente: “Não, está tudo bem.”
“Terminou de comer? Me passe o livro.”
Durante o reforço, não trocaram nenhuma palavra além do necessário.
Se houvesse alguma distração, seria pelos olhares estranhos dos outros alunos da escola.
Quem disse que um namoro precoce necessariamente atrapalha os estudos?
Se ela e Marcos Rodrigues estivessem namorando, ela certamente seria ainda mais rigorosa com os estudos do que os professores.
Marcos Rodrigues sempre foi excelente!
Leticia Silveira prestou atenção com seriedade, e de repente o sinal de aviso tocou, anunciando que a sessão
de estudos estava quase no fim.
Marcos Rodrigues começou a guardar suas coisas: “Por hoje é so, você pode ir na frente, o que restou a gente ve amanhã.”
Leticia Silveira acenou com a cabeça, ajeitou a mochila sobre os ombros e hesitou, com palavras na ponta da lingua. Ela parou e se voltou: “Marcos Rodrigues…
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