Capítulo 53
A noite estava enigmática, com nuvens espessas obscurecendo a lua, prenunciando uma tempestade iminente.
O último fogos de artificio explodiu, lluminando o céu noturno com faiscas que desciam como estrelas cadentes.
O restaurante, adornado com flores, parecia saldo de um sonho. Do lado de fora da Janela, refletidos nos olhos da jovem, os logos de artificio foram ofuscados pela figura de um homem.
Um calor incomum se espalhou pelo rosto delicado da garota. Pela primeira vez desde sua ressurreição, Leticia Silveira viu um lampejo de conquista e posse nos olhos de Sérgio Pereira. Não havia nada de inocente naquele olhar; parecia até que o ar gelado que vinha dele a envolvia, criando uma prisão invisível ao seu redor.
Ela não podia escapar…
Mas, por vontade propria, se deixou prender naquelas profundezas obscuras.
Não… não podia ser…
Como se tomasse consciência de algo, Leticia de repente empurrou Sérgio Pereira, e sua voz traia pânico: “Leticia gosta do irmão, mas é um carinho fraterno. Não há mais fantasias irreals.”
“Irmão… é excepcional, ninguém além de Helena, minha cunhada, merece estar ao seu lado!*
Se a primeira afirmação de Leticia Silveira era falsa, a última era sua mais sincera verdade.
Ela estava com–medo, muito medo!
Em sua vida anterior, Leticia Silveira havia se apaixonado por Sérgio Pereira, doze anos mais velho que ela, e sofrera um destino cruel; entregue a outro homem, grávida de Sérgio, torturada até a morte e enterrada em um monte de lixo..
Para Leticia, as palavras ambiguas de Sérgio eram apenas um teste para ver se ela ainda guardava ilusões irreais a respeito dele.
Sérgio Pereira se endireitou lentamente, com a mão no bolso, e toda a afeição em seus olhos se retirou. voltando à frieza habitual.
“Irmão, eu não queria ouvir isso.”
“Eu já the avisei para não se aproximar muito de Marcos Rodrigues. Por que você não me ouve? Só porque não posso mais cuidar de você, vai ignorar minhas palavras?”
Leticia Silveira estremeceu e explicou: “Marcos Rodrigues… ele me ajudou nos estudos, eu consegui nota máxima em matemática por causa dele. O diretor disse que, se eu continuasse assim, seria expulsa. Tentel te igar várias vezes, mas o teu celular estava sempre desligado, pensei que não querias mais saber de mim, que eu era um estorvo. Por isso, não tive coragem de procurar você. Se eu fosse expulso e não pudesse estudar, não saberia como viver fora da escola.”
Eu não tinha escolha, só podia pedir ajuda ao Marcos Rodrigues.”
A expressão de Sérgio Pereira se aprofundou; ele realmente havia cancelado seu antigo número e, ocupado com a empresa, havia se esquecido de lhe dar o novo.
Um incômodo, realmente?
Ele achava que sim, mas, em algum momento, esse pensamento se dissipou e ele se acostumou…
Com a presença desta irmã, que não tinha nenhum laço de sangue com ele.
Leticia Silveira foi criada por Sérgio Pereira desde os cinco anos de idade, e ele conhecia cada hábito dela, cada etalhe, e sabia o que ela estava pensando.
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Capitulo 53
Metade dessas palavras era verdade, a outra metade… era mentiral
Por que essa mentira foi contada?
“Algumas mentiras só podem ser usadas uma vez na vida. Se houver uma próxima vez, Leticia, com que desculpas você tentará enganar seu irmão?”