Capítulo 46
Leticia Silveira disse essas palavras um tanto arrogantes para Helena Rocha.
Afinal de contas, Helena Rocha é a herdeira do grupo de joalherias do Distrito Federal, a primeira–dama da sociedade do Distrito Federal, Com o status de uma filha do céu mimada, mesmo que esteja vestida em trapos, sua posição social é inigualável.
E isso sem mencionar o noivo ao seu lado.
A viagem do Rio para o Distrito Federal leva cerca de duas horas e meia.
A reunião de pais é ao meio–dia.
Ainda há bastante tempo para chegar lá.
Leticia Silveira, ainda na cama em Distrito Federal, acorda mais uma vez de um pesadelo, onde tudo está escuro e ela pode sentir claramente que está enterrada na terra, lutando com a sensação de sufocamento. Muitas vezes ela tenta acordar, mas não consegue.
Ela luta no sonho por quanto tempo não sabe, até que finalmente… ela vê um feixe de luz e chamando seu nome.
Ela sente o peso da terra sobre ela diminuindo pouco a pouco; alguém a encontrou.
Quando é desenterrada, ela vé os olhos tristes de Sérgio Pereira.
ouve algué
No sonho, Leticia Silveira parece ver Sérgio Pereira, já um homem de meia–idade, na casa dos quarenta anos, vestido com um caro temno preto, com as mãos cobertas de sangue, segurando o que restou dela – apenas um esqueleto – como se lamentasse a perda do mais importante…
Leticia Silveira segura o coração, lágrimas caem sem ela saber por qué.
Seu coração dói…
Mesmo que tenha sido apenas um sonho, por que ela tem uma reação tão forte?
Parece que tudo aconteceu de verdade.
Letícia Silveira não quer acreditar.
Impossivel… deve ser falso, apenas um sonho.
Sérgio Pereira em sua vida passada já havia se casado com Helena Rocha e eles tiveram um filho, como ele poderia se lembrar dela?
Ela fez tantas coisas ruins para Helena Rocha, causou tanto dano.
Sérgio Pereira deveria odiá–la.
Como ele saberia que depois de sua morte, ele mostraria tal expressão…
Afinal, foi ele quem a entregou nas mãos daquele homem perverso.
Ela morreu, Sérgio Pereira deveria estar tranquilo para viver uma boa vida com Helena Rocha, e assim… nunca mais ninguém os perturbaria.
Letícia Silveira se lembra que hoje é seu aniversário e que deveria passá–lo a sós com Marcos Rodrigues.
Ela enxugou rapidamente as lágrimas, levantou–se para tomar banho e vestiu o mais belo vestido longo e escuro de seu armário, suas pernas delicadas e pálidas, mesmo sem maquiagem, mostraram seu rosto ainda inocente e distinto. Com uma mochila de lona nas costas, ela carregou um celular e livros de exercícios de várias matérias.
15.75
Capitulo 46
Quando Leticia Silveira desceu as escadas e viu Marcos Rodrigues, que parecia estar esperando há muito tempo, ela se aproximou dele e, ao ver seu olhar espantado, sorriu e disse: “Marcos, eu sou bonita?“.
Por que ele continuava tão desesperado como em sua vida passada, gostando tanto dela?
Marcos Rodrigues desviou o olhar, com as orelhas já vermelhas.
Enquanto isso, no carro, a caminho da escola, o trânsito estava lento.
Luan recebeu uma ligação da escola e, após uma breve conversa, imediatamente desligou o telefone e informou o ocorrido: “Presidente Sérgio, hoje a Srta. Leticia não estava na escola.”
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