Capítulo 18
Leticia Silveira saiu do escritório aliviada por ter escapado de problemas maiores.
Ao voltar para a sala de aula.
Márcia se aproximou dela e perguntou, “A bruxa velha te castigou?”
Letícia Silveira acenou com a cabeça, “Nada demais, só tive que escrever uma carta de reflexão.”
Márcia assentiu, “Isso é bom, da próxima vez seja mais cuidadosa. Se você for embora, vou perder uma colega de carteira tão doce e gentil como você. Você nem imagina quantas pessoas têm invejam de nós.”
Quando as aulas terminaram, Letícia Silveira ficou responsável por limpar a sala sozinha, já que o outro aluno que deveria ajudar havia tirado licença médica.
O dever de casa para aquele dia não era muito, Leticia Silveira subiu em um banquinho com um balde nas mãos, limpando o quadro com um pano úmido, sem perceber que alguém estava na porta. Apoiado no batente da porta com os braços cruzados, Marcos Rodrigues observava ela com determinação, enquanto ela se esforçava para limpar o quadro.
“Cof cof…” O rapaz robusto e atlético tossiu discretamente, chamando sua atenção.
Letícia Silveira o olhou surpresa, “…você… como veio parar aqui?”
Marcos Rodrigues era bem alto. Mesmo com Letícia Silveira de pé no banquinho com o pano de limpeza nas mãos, ela mal conseguia encontrar o olhar dele.
“Você está de plantão hoje?” Marcos Rodrigues pegou o pano das mãos dela, encolheu as mangas da camisa expondo sua pele bronzeada e começou a limpar o quadro com vigor, revelando os músculos definidos de seus braços.
Depois de torcer o pano e dobrá–lo cuidadosamente, ele esticou o braço e facilmente alcançou os cantos superiores do quadro, onde Letícia Silveira não conseguia limpar.
Ela confirmou com a cabeça, seus olhos transbordava de emoções complexas enquanto fixava o olhar nele, “Sim, e você… pensei que estivesse zangado comigo.”
Marcos Rodrigues parou por um
continuou até terminar o traba momento enquanto limpava o quadro, mas logo
Ele ainda pegou uma vassoura e ajudou a varrer toda a sala, além de passar o pano no chão…
Tudo o que Leticia Silveira deveria ter feito como responsável pelo plantão foi feito por
ele.
A luz dourada do pôr do sol se espalhava pelo chão, alongando a sombra de Marcos
17:35
Rodrigues. Leticia Silveira seguiu ele com o olhar, encarando ele se mover pela sala. Poder ver ele novamente parecia um sonho.
Na vida passada, mesmo sendo presidente de uma empresa de internet, Marcos Rodrigues ainda cozinhava para ela. Não importava quão exigente ela fosse, ele nunca ficava irritado e sempre dava ele as melhores coisas deste mundo.
As joias que Sérgio Pereira dava para Helena Rocha, Marcos Rodrigues nunca deixaval Letícia Silveira sem a parte dela, e sempre eram mais valiosas do que as de Helena Rocha.
Ela não entendia por quê, naquela época, havia deixado um homem tão maravilhoso quanto Marcos Rodrigues para escolher alguém que nunca amou ela!
“Oi, Marcos Rodrigues!” Leticia Silveira desceu do banquinho e, ao ver a professora se aproximando, imediatamente puxou Marcos Rodrigues para se esconderem atrás da porta da sala de aula, “Fique quieto, a professora está vindo.”
A Profa. Aline olhou para a sala, “Hoje é só você de plantão?”
Leticia Silveira, parada na porta, confirmou com a cabeça, “Sim, professora.”
Profa. Aline notou algo estranho na expressão dela, mas não perguntou mais nada. Em seguida, apontou para o chão lá fora, “Não esqueça de passar o pano lá fora também, e… lembre–se da carta de reflexão de oitocentas palavras.”
Letícia Silveira suspirou aliviada só quando a sala ficou vazia.
