Capítulo 51
Robson!
O louco do orfanato.
O assassino que se entregou dizendo que me matou!
Por que ele está aqui!
Ele também demonstrou surpresa, me encarando por um longo tempo.
Só então percebi, peguei a toalha do chão para me cobrir e me virei, tentando encontrar meu celular para chamar a polícia.
Talvez pelo medo, meu corpo tremia incessantemente, e não conseguia encontrar o celular naquele ambiente desconhecido. Sentia–me como se estivesse em um pesadelo, tentando desesperadamente me libertar, mas me sentia impotente.
Sentada no chão, olhei para o espelho e vi um rosto desconhecido que se assemelhava ao meu.
“Ah!“Exclamei assustada, tocando meu rosto em pânico.
Não, eu já estava morta. Quem era aquela pessoa refletida no espelho?
Após respirar profundamente por um longo tempo, percebi que renasci no corpo de uma mulher completamente estranha!
“Você…“O silêncio perdurou por um tempo antes de eu tentar falar.
“Vocês só queriam um filho, um herdeiro para a Familia Macedo… você terá o que deseja, se não quiser morrer, saia daqui!“Ele estava furioso.
Dava para perceber a intenção de matar contida em seu olhar.
Ele queria me matar!
Como era de se esperar… um assassino é sempre um assassino, a aura maligna e a intenção de matar não podiam ser dissimuladas.
Eu o observava cautelosamente, buscando freneticamente a luminária ao lado da mesa, pronta para me
defender.
Não tinha celular, não podia chamar a polícia e a situação atual me deixava em pânico. Não sabia quem eu era e muito menos por que estava na mesma cama que um assassino!
Talvez sentindo a intenção de matar em meus olhos, os de Robson ficaram ainda mais sombrios.
Nós dois estávamos como animais selvagens prontos para atacar um ao outro, nenhum de nós ousava baixar a guarda.
Enquanto tentava me acalmar para analisar a situação, a porta se abriu e um homem de meia–idade em uma cadeira de rodas foi empurrado para dentro.
“Senhorita Lana Batista, você estava bem agitada ontem à noite.“O homem deu um sorriso malicioso: “O velho concordou com a união das famílias Batista e Macedo, oferecendo apoio financeiro à Familia Batista, mas é para você gerar um herdeiro saudável para a Família Macedo, não para o seu prazer!”
“?“Franzi a testa.
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Capítulo 51
Lana? Familla Batista?
Familia Macedo? União?
Gerar um herdeiro?
O homem de meia–idade deixou o quarto, e tentei segui–lo rapidamente, mas fui impedida pela babá do lado de fora: “Deixe–me sair! Por que vocês estão me prendendo?”
“Senhorita Lana, sua responsabilidade é ajudar a Família Macedo a ter um herdeiro para salvar sua Família Batista. Para garantir que você consiga engravidar neste ciclo ovulatório, por favor, tenha paciência por mais um tempo.”
Após dizer isso, ela fechou a porta.
“Deixe–me sair!” Eu estava um pouco irritada e também com medo, desesperada para entender o que estava acontecendo.
Por que eu tinha me tornado uma ferramenta de procriação para esse assassino?
“Que barulho infernal.“Robson parecia irritado, falando com a voz rouca enquanto procurava por algo. “Onde estão as minhas coisas?“Ele, sem nada vestido, exalava uma aura perigosa.
Eu me sentia amedrontada diante de sua aura e o olhava com uma nova perspectiva, reconsiderando aquele louco.
Antes, o via apenas com roupas desajeitadas, calças largas que não alcançavam os tornozelos. Nunca imaginei… que esse homem pudesse ser tão atraente.
Falando objetivamente, tanto sua aparência física quanto sua aparência geral poderiam ser consideradas de primeira… Se eu não tivesse morrido uma vez, seria difícil associá–lo à pessoa que cruelmente me tirou a vida.
“Estou perguntando… onde estão minhas coisas?“Ele avançou em minha direção, agarrando meu pescoço descontroladamente.
Naquele momento, ele estava pronto para matar.
Parecia estar com raiva por ter dormido comigo e por eu ter mexido em suas coisas.
A sensação de sufocamento me atingiu, e a sombra da morte me envolveu novamente. Eu golpeava Robson com força, instintivamente tentando atingir seu pescoço.
“Luna, se você se deparar com um homem mal novamente, ataque o pescoço dele. Isso pode deixá–lo temporariamente sem ar e te dar a chance de escapar.”
