Capítulo 34
“Mafalda!” – Fabrício e alguns dos irmãos de Adônis correram para frente para tentar deter Mafalda.
Mas foi Benito quem seguiu atrás de Mafalda.
Benito franziu a testa: “Todo mundo quieto.”
Os policiais estavam emboscados por todos os lados, esperando para ver se eu apareceria.
Achei engraçado, eu estava bem ali, ao lado deles.
Infelizmente, ninguém podia me ver.
“Adonis, foi você quem a matou, ela não vai voltar!”
Mas à medida que o tempo passava, segundo a segundo.
Não havia sinal de mim, nem mesmo nas proximidades do salão de baile, onde todos os preparativos haviam sido feitos com antecedência por Adonis.
Não, eu nunca apareci.
Morgan
De alguma forma, Adonis parecia ter perdido o controle, deixando e todos os convidados para trás, prestes a partir.
“Adonis…” – Morgana, com os olhos cheios de lágrimas, seguiu–o: “Todos os convidados chegaram, minha família está aqui, você não pode fazer isso, você prometeu…”
“Desculpe, Morgana, eu não posso casar com você” – Adonis retirou a flor que trazia no peito e se viroul para ir embora.
“Adonis!” – Morgana, sem querer se dar por vencida, observou a figura de Adonis se afastando, cerrando os dentes e apertando as mãos com força, gritando descontroladamente: “Adonis, você nunca vai encontrar a Luna! Ela já está morta!”
Depois de falar, Morgana provavelmente se arrependeu, seu rosto empalideceu e seu olhar ficou frenético.
Adonis parou, virou–se e olhou para Morgana: “O que você sabe?”
Morgana respirava com dificuldade, tentando mudar de assunto: “Eu só… falei sem pensar, Adonis, para com isso, vamos entrar, meus pais estão lá dentro…”
Adonis franziu a testa, com um olhar severo, e foi direto para frente de Morgana: “Você sabe de alguma coisa, não é?”
“Fala!” – Adonis parecia fora de controle, segurando os ombros de Morgana com firmeza para que ela falasse.
Eu nunca tinha visto Adonis ser tão duro com Morgana, e por um momento, até me senti desconfortável com isso.
Eu estava ali do lado, rindo friamente.
Claro que ela sabia, sabia que eu estava morta.
“Na noite dos dias 13-14, fizemos a Luna vestir um vestido vermelho e ir até a ruela de Flare, por que ela apareceu novamente na ruela da rua Velha no dia 15?” – Adonis pressionou com a voz baixa, como se
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estivesse interrogando.
Eu não sabia se ele havia descoberto algo, apenas me surpreendi que Adonis pudesse suspeitar de Morgana.
“Eu… eu não sei” – Morgana recuou nervosamente.
Adonis apertou os punhos, olhando fixamente para Morgana, sem dizer uma palavra.
Benito e Mafalda continuavam à espera.
Esperando pela minha aparição e chegada.
“Essa Luna com certeza vai aparecer, ela ama tanto o Adonis… ama de maneira descarada, como é que ela poderia não aparecer…” – Fabrício ainda murmurava baixinho.
Todos eles estavam convencidos de que alguém que amava Adonis do jeito que eu amava, certamente apareceria na cena do casamento para causar uma cena.
Mas o que me deixava confusa era que, sendo o casamento de Adonis e Morgana, por que apenas a família de Morgana estava lá, e nenhum parente de Adonis, nem mesmo a tia, apareceu.
“Adonis… não está” – Os amigos de Adonis também apareceram, todos negando com a cabeça, dizendo que haviam observado tudo cuidadosamente e não me viram.
O tempo do casamento estava quase passando, e eu ainda não havia aparecido.
“Adonis, está quase na hora, por que vocês ainda não entraram? Os parentes e amigos estão todos esperando”, perguntou a mãe de Morgana da porta do salão de baile.
Morgana parecia culpada, olhando implorando para Adonis: “Adonis, por favor, eu também não sabia que minha irmã contaria a toda a família sobre o casamento, mas agora todos os meus parentes sabem e estão aqui, eu realmente não tive escolha.
“Eu lhe disse que esse casamento é apenas para trazer Luna à tona!” – disse Adonis com uma voz sombria.
Benito olhou para Adonis, fazendo sinal para que sua equipe fosse embora.
Não havia mais razão para esperar ali.
Luna não estava mais vindo.
Na verdade, desde que encontraram minha impressão digital naquele corpo, a polícia entendeu que eu não voltaria.
Mas Adonis insistiu em acreditar que eu não havia morrido, e eles vieram apenas como uma formalidade. “Adonis… ela não vai voltar, você está satisfeito agora…” – Mafalda estava pálida, e sua obsessão se desfez naquele instante.
Devastada, ela seguiu Benito, repetindo a cada passo: “Ela não vai voltar, ela não vai voltar.”
“Oficial Benito! Encontramos aquele Robson!”
Na noite anterior, a polícia havia realizado uma batida em busca de Robson, sem sucesso.
E hoje, apareceu na cerimônia de casamento.
