Capítulo 177
Inés e Bruna se mudaram para viver juntas, enquanto tentavam encontrar emprego e planejavam seus próximos passos.
Inês não tinha noticias de Amado há multo tempo e, embora dissesse a si mesma que não sentia falta dele, a verdade é que sentia. No entanto, ela nunca esperava receber uma ligação dele. Quando viu um número desconhecido em seu celular, ela hesitou antes de atender.
“Ol, mãe, sou eu.”
Amado falou baixinho de seu escritório: “Papal não me deixa ir vê–la, então pedi o celular da vovó para ligar para você.”
“Esse é o número da vovó?” – Inês ficou agradavelmente surpresa ao ouvir que Amado tinha conseguido ligar, enquanto a voz infantil do outro lado da linha respondeu: “Não, é um celular que compraram para mim. Agora eu tenho um número! Pode me ligar quando quiser, mamãe!”
Havia um tom de orgulho em sua voz.
Inês sentiu seus olhos lacrimejarem: “Você precisa ser um bom menino, certo? A mamãe. não poderá vê–lo por um tempo, então não faça besteira e seja obediente.”
“Se eu for um bom menino, você voltará para me ver?” – A voz de Amado trazia esperança: “Mãe, eu realmente não quero ficar na casa dos Serpa.”
Mas o que ela poderia fazer? Inês já havia deixado Amado aos cuidados de Noe Serpa.
Quando ela pensou nisso, sentiu uma dor no coração, como se ele estivesse sendo apertado: “Amado, se você tiver que ficar longe da mamãe por muito tempo, não nos veremos até você crescer. Você pode esperar?”
“Claro que sim.” -A voz de Amado era firme: “Quando eu estiver grande e forte, você ainda vai me reconhecer, mamãe?”
“Claro que sim.” – Inês se esforçou para conter as lágrimas, com a voz trêmula: “Quando você estiver grande e forte, a mamãe vai buscá–lo para irmos para casa.”
“Então eu vou comer bastante para crescer logo e proteger você, mãe!” – Amado falava como um adulto no telefone: “Mãe, você também tem que se cuidar, e esperar por mim. junto com o tio.”
Ao mencionar Santiago, Inês não conseguia mais segurar as lágrimas. Cobrindo a boca com a mão, afastou o celular por um momento antes de falar novamente com Amado: “Sim, seu tio vai ficar muito feliz em te ver crescido.”
Irmão, o Amado ainda se preocupa com você. Não se sinta sozinho, todos nós nos lembramos de você…
12:49
Depois de desligar, Inès enxugou as lágrimas e tentou se recompor para continuar enviando os curriculos. Bruna, ao lado dela, mexia no celular e comentou: “Seu filho é muito inteligente para a idade dele“.
Inès se sentu confortada com essas palavras, mas também com uma pontada de tristeza. É porque eu não pude dar a ele uma infância feliz“.
“Ah, não importa, o garoto aceita bem.” – Bruna veio confortá–la: “Você tem muita sorte de ter um filho assim. O Noe Serpa é um homem muito ruim, mas ainda bem que o Amado não o puxou.”
O menino ainda sabia como consolar os adultos. Quando crescesse, ele seria um conquistador
Enquanto isso, Amado desligou o telefone, salvou o número de Inês no novo aparelho e sau correndo para agradecer a Zora: “Obrigado pelo celular, vovó.”
Zora havia retomado de uma viagem ao exterior e lhe trouxe um celular novinho em folha, um presente que Amado adorou, pois agora tinha uma forma de se comunicar com a
Eunice estava na sala de estar, irritada ao ver que Zora so dava atenção a Amado e a ignorava. Furiosa, ela pensou ‘Por que esse moleque não morreu antes? Eu deveria ter acabado com ele quando tive a chance. Agora ele é um problema!”
Quando Amado passou por Eunice, ele olhou para ela.
Ba, querendo agrace–lo, sorriu e perguntou: “Amado, você precisa de alguma coisa com
sua ba?”
